Que tal parar um pouco neste início de
período de aulas e perguntar-se quais são os projetos que reservei para mim em
2013? Que lugar ocupa na minha vida ter tempo para escutar-me, fazer silêncio,
perceber meus medos e sonhos. Enfim aguardo um tempo para estudar, avaliar minha consciência, rever meus
valores?
Calma, este não é um texto de
auto-ajuda ou dicas espirituais do
Manfrend. O quê estou falando é sobre a
ética pessoal, ou seja, o modo como vejo e interajo com a escola. Sim, a
escola. Este espaço de concreto, de tijolos, coberto por telhas de amianto,
cujo chão é revestido por tacos de madeira. Lugar onde podemos planejar a vida
e construir relações. É na escola que temos contato mais intenso com o
conhecimento, o tal do conhecimento científico.
Também é neste espaço que nascem as amizades, os namoros e possivelmente
a sabedoria de conviver com o outro: o colega.
Recordo-me uma frase dita e redita
centenas, milhares de vezes por um professor meu de física, Luís Ari, da época
em que eu estudava no Colégio Olavo“ Piazada, vivemos a Era do Conhecimento!
Mais do que nunca é preciso conhecer bem aquilo que estudamos”. Então, a nossa
turma 3503 do Terceirão, pensava: “ O
professor tá louco! Pra que estudar, é
mais fácil decorar!’ E caminhávamos
orgulhosos, cheios de razão pelos corredores do Olavo, afinal éramos a turma do
Terceirão!
Sem dúvida, Luís Ari tinha e tem razão ao
afirmar isto. Hoje não é mais possível decorar as datas comemorativas do país,
os nomes considerados ilustres na história ou as fórmulas matemáticas. É
preciso ir além, buscar mais, estudar verdadeiramente. Ler e interpretar as
informações. Deixar a preguiça de lado e organizar-se.
Talvez você nem dê bola no quê estou
falando, mas tenha certeza que este tempo vivido na escola é precioso. Nele
está a possibilidade de mudança social, de ingressar em uma boa universidade,
de crescer pessoalmente e profissionalmente. Então não fique aí parado! Como
diria o nono” Demo lora! Mova-te!”, isto é: MEXA-SE!
Raul Kussler